Esta é a hipótese mais aceita para a origem do povo rhom e hoje praticamente confirmada graças à evolução dos testes de DNA.
Embora uma possível origem na Índia já tivesse sido conjecturada antes, é ao catedrático alemão Johann Rüdiger, da Universidade de Halle-Wittenberg, que devemos a descoberta da origem indiana do romani. Em 1782, Rüdiger publicou um artigo linguístico em que comparava a fala de uma mulher cigana, chamada Barbara Makelin, a uma gramática de hindustani – nome pelo qual se conhecia, nessa época, os atuais idiomas hindi e urdu. Ele chegou à conclusão de que as similaridades entre ambas as línguas evidenciavam uma origem comum.
A partir de então, a chamada evidência linguística tornou-se o argumento mais consistente para respaldar a hipótese da origem indiana, embora não sem críticas, é claro. Como Sándor Avraham evidenciou, a língua é apenas um dos aspectos culturais de um povo, e se por um lado havia muitas influências do híndi no romani, por outro havia inúmeras outras influências – do grego, eslavo, árabe, hebraico, etc. Para Avraham e alguns outros pesquisadores, os estudos de Rüdiger provaram apenas que os rhomá passaram pela Índia em algum momento, não que eram originários de lá.
Estudos recentes, no entanto, mapearam o DNA de diversos grupos humanos em busca de características comuns que pudessem ajudar a definir populações genéticas. Testes realizados em rhomá europeus revelaram uma combinação de cromossomos rara em não-ciganos daquela parte do mundo, mas bastante comum na Ásia Meridional, o que corroborava a evidência linguística. Naturalmente, a discussão ainda não está encerrada, afinal o DNA não pode localizar, com precisão absoluta, a exata região que corresponderia às pessoas com a combinação de cromossomos dos rhomá europeus – até porque, depois de tantas gerações e miscigenação, combinação perfeita haverá apenas entre os próprios rhomá europeus.